[Andamento] [MA] HEAVEN

por **Milky** Dom Out 25, 2009 9:48 pm

capa sendo feita e.e

Autor: Milky & Say
Título: HEAVEN
Estado: Andamento
Gênero: Aventura / Angst / Drama / Família / Amizade / Geral / Humor / Comédia / Romance
Avisos: Sexo/ Cenas de teor homossexual / Linguagem imprópria / Cenas de nudez
Anime Original da ideia: 07-GHOST
Rating: MA (18 )
Personagens: Frau, Castor, Labrador, Milky, Sayra e Meroko (as principais da fic)
Par: Muitos em principio xDD
Resumo: A mudança de vida de três garotas, Milky, Sayra e Meroko, se inicia pela mudança de seu trabalho na Igreja de Balsburg. Daí muitas coisas em suas vidas começam a mudar drasticamente, principalmente pelo fato de Meroko e Sayra terem de esconder que são mulheres.

- Índice:
Capitulo O1

por **Milky** Dom Out 25, 2009 9:48 pm

Mais uma manhã e novamente a preguiça reinava. A falta de vontade em levantar da confortável cama improvisada no chão mesmo era tamanha. O sol batia pela janela e incomodava quem ainda tentava dormir e a única saída encontrada era por o travesseiro sobre a cabeça:
- Milky... Vamos, acorde! Deixe de ser preguiçosa! – insistia Sayra. A resposta não foi nada, apenas um gemido de reprovação.
- Deixa por minha conta! – Meroko, sabe-se lá de que lugar, surgiu com um copo de água gelada em mãos e derrubou-o todo por cima do travesseiro que escondia uma cabeça adormecida.
- Ela vai te bater, isso sim! – lamentou Sayra. Pelo contrário. Sem irritar-se, a adormecida levantou tirando o travesseiro da cabeça e caminhou cambaleante até o banheiro, mas ainda com o travesseiro na mão.
- Viu? Eu disse! – vangloriou-se Meroko. Enquanto ela permanecia com as mãos na cintura e triunfante, um travesseiro veio violentamente da direção do banheiro pegando-a pelas costas.
- Eu disse também. – Sayra deu de ombros e voltou para a cozinha.
- Caramba, Milky! Como se já não bastasse você estar nos atrasando ainda acorda nesse mau humor! Que tipo de criatura é você que detesta luz do sol pela manhã!? – indagava Meroko tentando se restabelecer depois do ataque mortífero de um travesseiro.
- Meio morcego. Já cansei de dizer. – a voz veio um tanto rouca do banheiro.
- Vamos, parem de brigar as duas! Venham tomar café! Sabem que a viagem daqui até Balsburg será longa! – Sayra não pedia esse tipo de coisa, apenas mandava. Após terminar de servir a mesa toda, soltou os cabelos longos, castanhos e ondulados ajeitando-os com uma das mãos.
- Tava na hora! Da próxima vez temos que deixar essa preguiçosa sem café! – reclamava Meroko enquanto sentava-se à mesa ao lado de Sayra.
- Vocês são barulhentas demais. É cedo! Tenham vergonha de acordar uma pessoa de madrugada. – Milky continuava a reclamar mais e mais enquanto ainda caminhava lentamente e arrastava os chinelos fofos que calçava do banheiro para a cozinha.
- Quase meio-dia não é cedo, Milky! – Sayra não se irritava tanto assim com a pessoa que ensinava a ela e Meroko como ter total controle de um zaiphon, a única coisa que incomodava era sua preguiça pelas manhãs.
- Meio-dia? Sabem que horas fui dormir ontem?
- Deixasse de ler aquele livro que teu amigo da igreja te mandou e fosse dormir! – repreendeu Meroko.
- Aprendiz aqui são vocês duas! Eu as ensino como controlar um zaiphon perfeitamente! O mínimo que deviam me deixar fazer era dormir e ler em paz!
- Pior que tem razão. Você dorme o caminho todo quando estivermos indo pro Distrito Sete! Feliz? – sugeriu Meroko.
- Se me deixarem dormir, sim! – concordou Milky.
Finalmente depois de tanto tempo fora do Distrito Sete, Milky estaria de volta a ele e à Igreja. O trabalho como “espiã” realmente cansava, mas a ajuda das aprendizes que recrutou era muito bem-vinda. Três anos já haviam se passado desde que saiu totalmente de lá para realizar trabalhos e missões externas; dois anos que estava treinando Meroko e pouco mais de um ano que treinava Sayra. As três eram amigas e praticamente não tinham segredos, apenas alguns, mas todos precisam de intimidades.
Era quase noite e as malas estavam prontas e as três esperavam que a pessoa que as acompanharia até o Distrito Sete chegasse. Já estava escurecendo e quase dois dias de viagem não iam ser fáceis, muito embora fosse cômoda:
- Se algum bispo, padre ou que pessoa babaca for não entrar por aquela porta dizendo “vamos embora e desculpem pelo atraso” em cinco minutos eu quebro o Frau todinho quando chegar lá! – reclamou Milky.
- Ah! Fica calma! Ficamos prontas muito cedo! – tentava tranqüilizar Sayra.
- Falo sério! Se alguém não entrar por essa porta agora...
- Foi mal pelo atraso! Cheguei! – uma voz masculina e forte interrompeu Milky que estava prestes a xingar alguém ou algo. Sayra e Meroko ficaram levemente surpresas com a figura alta de olhos azuis e cabelos louros que entrou pela porta repentinamente. Em uma inexplicável reação, Milky já estava quase pendurada no pescoço da pessoa que entrou para simplesmente esganá-lo.
- Então era você! Só podia ser você, animal! Quanto tempo ficou dormindo no caminho, parou pra comer ou ficou vendo revistas pornográficas em um livraria!? HEIM!?! – a birra e as broncas não eram diferentes do que ela fazia com as aprendizes, eram apenas piores.
- É... Ela pode ser baixinha... Mas quebra qualquer um no meio. – ressaltou Meroko.
- Sou poucos cinco centímetros mais alta que ela, Mero! – conjecturou Sayra.
- Solte meu pescoço, sua louca! Da próxima vez nem te buscar eu venho! – ameaçou ele.
- E quem disse que eu quero que seja você, Frau!? – indagou Milky.
- Quem falou que vai ter próxima vez? – respondeu Frau com outra questão.
- Como assim...? – Milky acalmou-se em segundo e soltou o pescoço de Frau.
- O arcebispo disse antes de eu sair que você não ia mais fazer trabalhos externos, eles não são mais necessários. – enquanto falava, o homem loiro pegava as malas das três e saía da pequena e confortável casa em que as três residiam há alguns meses.
- Como assim? Aconteceu alguma coisa? – indagou Milky.
- Na verdade não, ele apenas disse que não é mais necessário que você se arrisque tanto. Pode voltar definitivamente pra Igreja. – sorriu Frau saindo da casa. Milky foi logo atrás continuando a perguntar sobre como as coisas estavam no Distrito Sete de Balsburg enquanto Sayra e Meroko ficavam sem entender muita coisa. Já no caminho, a noite se avançava e Frau pilotava uma daquelas motos voadoras com Sayra de “carona” e Meroko na garupa de Milky. Era tarde, quase duas da manhã, mas não poderiam parar se quisessem chegar rápido.

[continua...]

por **Milky** Dom Out 25, 2009 9:49 pm

- É, mais uma vez meu sono já era. – reclamou a única garota acordada.
- De novo? O que anda fazendo durante a noite? – brincou Frau.
- Lendo o maravilhoso livro que me mandou! Obrigada por lembrar-se do meu aniversário, Frau...
- Não foi nada. Sei que ia me bater até a morte se eu não lembrasse! Aliás... Essas são suas recrutadas?
- Sim, são as duas... Querem seguir no clero da Igreja... Possuem seus motivos.
- Compreendo... Mas sabe que pra ser bispo... Tem de ser homem.
- Tinha me esquecido desse detalhe! – Milky realmente esqueceu por total do mero detalhe que impediria suas “alunas” de seguirem o caminho que desejavam.
- Já posso até vê-las perguntando por que você faz parte do clero e elas não podem. – Frau ria apenas de imaginar a cena.
- Sou diferente delas e você sabe! Sou uma sacerdotisa do clero e nada mais. Não vejo hora de usar meu vestido de novo! Você pediu que lavassem, não pediu!?
- Acho que esqueci disso... Ah! Use um dos vestidos das freiras! Já os usou antes e pode usá-los outra vez! Sua preocupação agora é contar às duas!
- Posso fazê-las vestirem-se de meninos... É... Vai ser uma boa idéia! Só disfarçar coisas que denunciam que são meninas!
- Eu ajudo se quiser!
- Cale-se, pervertido! – Milky negou a ajuda de Frau, que riu ao vê-la virar o rosto com birra. Timidamente, Milky sorriu para si. Frau era engraçado, mesmo quando não queria. A viagem prosseguiu-se durante a noite parando só pela manhã. Enquanto Sayra e Meroko permaneciam acordadas passeando pela cidade onde estavam, Milky e Frau dormiam profundamente em uma hospedaria.
- Ei, Sayra... Viu o amigo da Milky? – perguntou Meroko.
- Que ela quase o matou como faz conosco quando a acordamos?
- Não! Bom... Também... Mas reparou como ele é lindo? – disse maravilhada.
- É bonito sim.
- Ai, Sayra! Ele é lindo! É alto... Aqueles olhos azuis... O homem dos meus sonhos!
- Você sonha demais, Mero! É só olhar o jeito que ele e a Milky agem um com o outro! Não são apenas colegas! – alertou Sayra.
- Não venha me dizer que acha... Ah! Poupe-me, Sayra! Um bispo não tem relações amorosas! – Meroko estava convicta do que dizia, mas a visão de entrarem no quarto da pousada onde estavam e ver Milky e Frau dormindo juntos a fez ficar boquiaberta.
- O que você estava dizendo? – Sayra sorriu convencida de ter ganho um round da luta e cruzou os braços.
- MILKY! – um berro fez com que Frau abrisse os olhos e coçasse a nuca enquanto bocejava.
- Que barulheira... Aconteceu alguma coisa? – indagou ele.
- Será que vocês não me deixam dormir nunca? – Milky nem sequer abriu os olhos, enfiou a cabeça debaixo de um travesseiro e ficou ali.
- Sua impura! Olhe só o que está fazendo!? – Meroko não sabia se chorava, lamentava, matava-se ou matava Milky. Ela a sacudia pelos ombros. De uma forma inexplicável ela havia conseguido tirar o ser “meio morcego” debaixo do travesseiro.
- Meroko! Menos! – pediu Sayra um tanto assustada com o que acontecia e poderia acontecer.
- Milky, sua pervertida! Está desvirtuando o Frau! Ele é um bispo sabia!? Não se dorme com um bispo! – esbravejava ela enquanto Milky tentava ouvir e perceber o que acontecia, praticamente dopada por causa do sono e das sacudidas violentas.
- Não acham melhor acalmar os ânimos? Era só um cochilo... – Frau bocejou enquanto coçava a nuca e observava a situação calmamente.
- Meroko! Escute o bispo, pelo amor de Deus, garota! – pediu Sayra novamente.
- Nossa mestra é uma pervertida, Say! – choramingou Meroko parando de sacudir a outra.
- Eu só tava dormindo... – sibilou Milky ainda sentindo a cabeça chacoalhar.
- Passamos a noite acordados enquanto vínhamos pra essa cidade... Vocês dormiram, mas nós não... – reclamou Frau levantando-se da cama.
- Eu disse que elas eram barulhentas, chatas e não deixavam ninguém dormir! – conjecturou Milky.
- Você fica calada pessoa sem moral! – mais uma vez Meroko sacudiu o corpo praticamente adormecido que tinha em mãos.
- Podemos resolver isso depois? Estou com sono e preciso dormir. Dá pra adiar isso, por favor? – Frau pediu com um sorriso irresistível causando rubor nas duas garotas que estavam sãs. Sem dizer mais uma palavra elas acenaram positivamente com a cabeça e saíram do quarto.
- Sayra você viu!? – indagou Meroko após sair do quarto enquanto Sayra fechava a porta.
- É pecado um bispo ser tão lindo assim! – concordou ela ainda corada mexendo em um dos cachos do cabelo.
- É mesmo... Será que os outros também são assim!? Lindos e educados? – perguntou-se Meroko.
- Eu não sei... Mas por que ainda tens a Milky nas mãos? – estranhou Sayra.
- É, me solta. Quero voltar a dormir! – pediu a sonolenta. Meroko a soltou e rapidamente Milky voltou ao quarto fechando a porta novamente. Animadas, Sayra e Meroko foram para o outro quarto que estava reservado em nome delas e se puseram a estudar o que não haviam lido durante alguns dias.

[continua...]

por **Milky** Dom Out 25, 2009 9:49 pm

- Então deixaram você em paz? – indagou Frau vendo a garota entrar novamente.
- É... Mas desde quando pede “por favor” pra alguém te deixar dormir? – enquanto coçava a cabeça e bocejava, Milky andou até a cama e sentou-se à frente de Frau, que deitou sem muito incômodo.
- Eu mudei um pouco... E você também, Mi... Eu gostava mais do seu cabelo comprido... – Frau esticou um dos braços enquanto observava a imagem à sua frente e pegou uma das curtas mechas castanhas do cabelo que agora era curto até pouco acima dos ombros.
- Ele me trazia alguns problemas... Curto ele é mais útil. – com um sorriso, Milky segurou a mão de Frau e levou-a até os lábios dando-lhe um beijo. O bispo sorriu e a puxou para que deitasse ao seu lado e a abraçou enquanto fechava os olhos.
- É... Continua linda.
- Você não mudou nada. – suspirou Milky beliscando uma das mãos de Frau, que descia por suas costas.
- Foi sem querer! – Frau riu levemente. Em pouco tempo os dois já haviam caído no sono mais uma vez. Do outro lado da parede, Meroko tentava escutar tudo o que se passava no outro quarto.
- Pare com isso Mero... De quê vai te adiantar ficar de orelha grudada na parede? – Sayra já estava prestes a desistir de impedi-la de continuar com aquilo.
- Vou descobrir o que esses dois têm um com o outro! Ah, se vou!
- E já escutou alguma coisa?
- Não... – lamentou Meroko.
- Ai, ai... Ponha isso no ouvido e encoste a boca na parede. – suspirou Sayra dando um copo à Meroko que sorriu alegre e fez o que ela disse. Mesmo assim, ela continuou não ouvindo nada, apenas alguns minutos depois ela ouviu um pequeno ronco e não entendeu nada, então desistiu.
Já era quase noite. O sol estava se pondo e já começava a ficar escuro. Mais uma vez seria hora de viajar e o mais importante era que os dois responsáveis ainda não haviam dado sinal de vida:
- Sayra... Eles já deviam ter acordado! – reclamou Meroko mais uma vez.
- Tá! Eu vou acordá-los! – já cheia das reclamações da outra, Sayra parou de ler o livro que tinha em mãos e saiu do quarto para ir até o outro. Chegando lá, bateu na porta e chamou pelos dois que dormiam. Ainda em seu quarto, Meroko pegou novamente o copo e o colocou com a boca na parede encostando a orelha no fundo para ouvir o que se passava do outro lado da parede. O incrível era que dava para escutar realmente bem desde o momento que Sayra bateu na porta.
- Pior que dá certo! – pensou ela prestando atenção no que acontecia.
- Milky... Já é quase noite e hora de ir! Acorde logo! – chamou Sayra.
- Tá... Já acordei, já acordei... Daqui a pouco saio... – a resposta veio sonolenta, mas veio. Sayra não voltou ao quarto, foi até a recepção para avisar que partiriam e pagar pela estadia. Já Meroko, continuava a escutar tudo.
- Já é mesmo tarde assim? – perguntou Frau coçando a nuca.
- É sim. E mesmo que não fosse teríamos de viajar alguma hora! E vista alguma coisa! – brigou Milky. Meroko apenas escutava e tentava imaginar o que acontecia.
- Não se pode mais dormir sem camisa? – indagou Frau enquanto vestia-se novamente.
- Não do meu lado! – Milky penteava os cabelos com as mãos já que não tinha desarrumado suas coisas e não o faria para procurar um simples pente.
- Vou indo na frente. Pode se arrumar com calma. – Frau sorriu após bagunçar os cabelos da garota com uma das mãos e saiu do quarto. Meroko tirou o copo da parede um tanto inconformada com o que ouviu e estava pasma. Ainda surpresa, arrumou-se rapidamente e desceu para a recepção com sua mala e a de Sayra, que esperava lá junto do Frau e ambos conversavam.
- Isso realmente acontece? – indagou Sayra.
- Infelizmente acontece! Mas às vezes é engraçado! – riu o bispo.
- Sayra. – chamou Meroko ao vê-los juntos.
- Achei que não ia descer mais, Mero! – animou-se.
- Agora só falta a preguiçosa que treina vocês! – Frau cruzou os braços atrás da cabeça e encostou as costas na parede atrás de si.
- Bispo, Frau... Faz tempo que já conhece a Milky? – perguntou Meroko.
- Alguns anos... A conheci quando era mais jovem e pouco tempo depois o arcebispo a mandou pra fazer serviços externos. – contou ele.
- Deve ter sido interessante conhecê-la quando era adolescente... – imaginou Sayra.
- E foi! Ela aprontava muito e... – Frau estava disposto a contar todas as encrencas em que a, agora, dedicada professora, se metia quando mais nova, quando foi atingido por uma pequena mala pelo lado esquerdo do rosto.
- O que ia dizer sobre mim, Frau? – Milky sorria, mas ainda não havia tirado a mala do rosto de Frau.
- Isso deve ter doído! – pensou Meroko.
- Talvez ele tenha merecido. – suspirou Sayra.
- Vocês duas! Chega de moleza! Cada uma pro seu lugar e vamos embora logo! – mandou Milky. Não parecia, mas ela estava um pouco nervosa. Sem pestanejar, Meroko e Sayra obedeceram, e Frau também. Logo já estavam mais uma vez na estrada e faltava pouco para chegarem ao setor 7. Ao amanhecer já deveriam estar lá. O incrível foi que a noite e a viagem se passaram rapidamente. Os primeiros raios de sol já apareciam no horizonte. Sayra e Meroko acordaram quase simultaneamente e
perceberam estar no chão. As duas abriram os olhos e viram grandes portões brancos à sua frente e Milky em pé junto de Frau, os dois olhavam os portões atentamente – Ah! Já acordaram! Bom dia! E sejam bem-vindas à Igreja de Balsburg!
Milky sorriu ao vê-las acordadas e apresentou o local em que estavam como sendo seu destino. Muito mudaria dali pra frente.